Como o passado que eu mesmo criei
Mas e eu?
Só se fala de Sônia, eu própria só penso nela…
Porém, agora eu vou falar de mim
…e de Paulo também.
Oh, Paulo! Ainda não sei quem és.
Talvez meu noivo, primo, cunhado…
Mas sei que há entre nós os “outros”!
Os “outros” sempre existem, estão em toda parte
Mas não!
Quem me separa de ti deve ser Sônia!
E eu sei que ela pensa em ti, e fecha os olhos, se tranca no quarto para pensar em ti.
Até morta pensará em ti!
Mas eu tenho o meu punhal de prata.
E se eu pudesse apunhalar um nome, cravar neste nome um punhal.
E depois vê-lo agonizar aos meus pés.
E se eu pudesse matar o nome de Sônia!
Mas roubaram o meu punhal de prata.
Que esperança!
Eu não mataria ninguém, nem mesmo um nome.
Juro!
Não há uma assassina em mim.
Além disso, um defunto contamina tudo com a sua morte, tudo.
A mesa, a dália, tudo.
Eu não mataria.
E tudo o que eu quero dizer eu já cansei de escrever
Ontem mesmo eu pude ver
Tudo que eu tinha eu deixei pra trás
Você diz que foi bem fácil me esquecer
E que o laço nasceu pra ser cortado,
Mas eu vou discordar.
Desde o dia em que eu te reencontrei,
Me lembrei daquele lindo lugar que na minha infância era especial
Quero saber se comigo você quer dançar
Se me der a mão eu te levarei por um caminho
Cheio de sombras e de luz
Um universo cheio de esperanças…
Me dê a mão, o caminho nos espera.
Não importa o que aconteça pois
Como um vulcão que entra em erupção,
Acredito na força da intuição.
Deixe um comentário